sábado, 10 de dezembro de 2016

20161210 Palestra e Lançamento de Livros




Foram apresentados também, além do livro Fragmentos de Histórias: Dionísio e sua gente livros de tres autores convidados.



Dr Roberto Lobato fazendo a doiação de quadros da sua Fazenda Ponte Alta, em Pitangui, que já existia em 1775.

O associado efetivo Dr. Iácones Vargas no momento da entrega ao Centro de Documentação do IHGMG uma cópia, em DVD, do vídeo Memória de Um Povo: Documentário Histórico sobre a Cidade de Luz, desde seu povoamento (1769) até setembro de 1998, quando o município completou 75 anos. Foi lançado em 1999, numa parceria do Dr. Iácones Vargas (aos 18 anos) com os professores Martha Resende e Washington Dorjó.
Esse trabalho foi importantíssimo para a conscientização dos luzenses sobre a necessidade de se resgatar e preservar nossa história e patrimônio cultural.

Dr. Fábio Americano, Dr. Wagner Colombarolli, Dr. Joaquim Cabral Netto, Dr. Aluízio A. da Cruz Quintão, Min. Paulino Cícero de Vasconcelos, Dr. Roberto Lobato, Dr. Amilcar Martins (ICAM) e Dr. Vagner Americano


O monlevadense Professor Geraldo Eustáquio Ferreira faz a apresentação de sua obra: NOSSA TERRA NOSSA GENTE.

O timotense Dr. Arnóbio Moreira Félix apresenta seu livro: Manoel Timóteo, Manoel de Timóteo, Um legado bem legal.

Dr. Edelberto A. Gomes Lima fala sobre seus diversos livros sobre São Domingos do Prata e Sabará.

Dr. Aluízio Alberto da Cruz Quintão, Presidente do IHGMG ladeado pelos autores que aprentaram seus trabalhos na Reunião Especial de 10/12/2016.

Fábio Americano formaliza a entrega do livro Fragmentos de Histórias: Dionísio e sua gente para o acervo do IHGMG.

 Edelberto A. Gomes Lima formaliza a entrega de seus livros para o acêrvo do IHGM. 

Arnóbio Moreira Félix formaliza a entrega o livro Manoel Timóteo,Manoel de Timóteo, Um legado bem legal, para o acervo do IHGMG.

Geraldo Eustáquio Ferreira formaliza a entrega do livro NOSSA TERRA NOSSA GENTE para o acervo do IHGMG.


Wagner Colombarolli, Paulino Cícero de Vasconcelos e Fábio Americano






domingo, 13 de novembro de 2016

15/08/2016 - Posse de Diretoria 2016/2019



CONSELHO DIRETOR 

DIRETORIA 
   Presidente: Aluízio Alberto da Cruz Quintão 
   1° Vice-Presidente: Luiz Carlos Abritta 
   2° Vice-Presidente: Regina Almeida 
   3° Vice-Presidente: Paulo Duarte Pereira 

   Secretário Geral: Joaquim Cabral Netto 
   1° Secretário: Fernando Antonio Xavier Brandão 
   2° Secretário: Adalberto Andrade Mateus 

   l° Tesoureiro: Wagner Colombarolli 
   2° Tesoureiro: Antônio Carlos de Albuquerque 

   Diretor do Centro de Documentação: Maria Cândida Trindade Costa de Seabra 
   Coordenador da Biblioteca: Luiz Antônio Pinheiro 
   Coordenador Hemeroteca: Gilda de Castro Rodrigues 
   Coordenador Mapoteca: Márcia Maria Duarte dos Santos 
   Coordenador Medalhística e Honrarias: José Francisco de Paula Sobrinho 
   Coordenador Videoteca: Fábio Americano 

   1° Diretor de Comunicação Social: Marcos Paulo de Souza Miranda 
   2° Diretor de Comunicação Social: Paulo Ramiz Lasmar 

   Comissão de Admissão de Associados: Gilda de Castro Rodrigues
                                                                   Luiz Carlos Biasutti
                                                                   Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza 

CONSELHO SUPERIOR
   Daniel Antunes Junior 
   Fernando Antonio Xavier Brandão 
   Ildefonso Silveira de Carvalho 
   Wagner Colombarolli 
   Wolmar Olympio Nogueira Borges 


CONSELHO FISCAL 
   Titulares:   Osvaldo Oliveira Araújo Firmo 
                     Eugênio Ferraz Antônio Pedro Nolasco
   Suplentes: Manoel Magno Lisboa 
                     Tasso Batalha Barroca 
                     Maria Natalina Jardim 
















 



Proclamação da República

15 DE NOVEMBRO DE 1889
"Proclamação da República", 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo

Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial. 

No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:  “Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!”


Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto. 


O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário, que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. 


Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador Dom Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue.
Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento. 

Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República. 

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NOVO IHGMG CENTENÁRIO
BOLETIM MENSAL
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MINAS GERAIS
Presidente 2016-2019 – Aluízio Alberto da Cruz Quintão
Editor: Fernando Antonio Xavier Brandão
Belo Horizonte, 29 de outubro de 2016                Número 02/2016

Novidade de 10 mil anos

Em 1844, na gruta do Sumidouro, próxima de Lagoa Santa, MG, o cientista dinamarquês Peter Wilhelm Lund encontrou fósseis de homens pré-históricos. O próprio Lund, assim, relatou sua extraordinária descoberta:

“Inesperadamente, depois de seis anos de baldadas pesquisas, tive a fortuna de encontrar os primeiros restos de indivíduos da espécie humana ------- Achei esses restos humanos em uma caverna que continha, misturados com eles, ossos de vários animais de espécies decididamente extintas”. 

Havia descoberto o “Homem de Lagoa Santa. Peter Wilhelm Lund, o pai da Paleontologia brasileira, nasceu em Copenhague, em 1801, e faleceu em Lagoa Santa, em 1880. 

Viveu 45 anos, na cidade mineira, dedicando-se à pesquisa científica, em um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil, por ele descoberto e ao qual deu destaque mundial. 

De constituição franzina, muito jovem ficou tuberculoso e resolveu buscar a cura da doença, com os ares dos trópicos. Veio para o Brasil em 1825, aos 24 anos de idade, já formado em universidade.  Dedicou-se à Zoologia, pesquisando em Niterói, Rio de Janeiro e Nova Friburgo. Em janeiro de 1829, retornou à Europa, quando manteve vários contatos com cientistas europeus. Em janeiro de 1833, estava de volta ao Brasil, e aqui permaneceu até sua morte. 

Após longa excursão pelos Estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, chegou a Curvelo (MG), onde encontrou outro dinamarquês, Clausen, e visitaram cavernas da região, onde descobriram enormes quantidades de ossos de animais pré-históricos. 

Chegou à Lagoa Santa, em 1835, onde se fixou. 

Em carta por ele escrita, em 1842, relata ter visitado perto de 200 cavernas e ter coletado e reconhecido, só na classe de mamíferos, 115 espécies. De todas as grutas visitadas, três ficaram mais famosas, as de Maquiné, Lapinha e Sumidouro. As duas primeiras, hoje, estão entregues ao turismo. 

Na do Sumidouro, encontrou fósseis do homem primitivo. Segundo Mello Alvim, presume-se que o “Homem de Lagoa Santa” viveu da caça e da coleta de produtos silvestres. A época em que viveu foi a do Pleistoceno, variando a conclusão dos cientistas sobre a data exata da sua existência, entre 8 e 10 mil anos. 

Há alguns anos, sobre um crânio feminino, encontrado em Lagoa Santa, foi feita a reconstituição do rosto daquela nossa ancestral. O resultado causou enorme surpresa, entre os paleontólogos – o rosto de “Luzia”, pertencente a indivíduos conhecidos, genericamente, como paleoíndios, teria feição mais parecida com a dos aborígines da Austrália ou mesmo com a dos africanos, tanto que poderia ser chamada, a grosso modo, de "negróide". Já os índios atuais se aproximam mais dos povos do nordeste da Ásia, daí o nome de "mongolóide" dada à sua forma craniana. 

Pois bem, recentemente, o mistério se aprofundou.  Pequenos trechos de DNA, extraídos de esqueletos com 8 mil anos ou mais de idade, indicaram que, à primeira vista, parece que genes e fósseis humanos estão se contradizendo. Enquanto a forma do crânio dos antigos habitantes de Lagoa Santa sugere que eles eram um povo muito diferente dos índios modernos, o material genético obtido dos mesmos restos ósseos é, em sua imensa maioria, idêntico ao das tribos que ainda existem hoje. 

Os dados, intrigantes e ainda preliminares, vêm do trabalho da geneticista Andréa Ribeiro dos Santos, pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA) que, há anos, usa as ferramentas da biologia molecular, para tentar entender como os seres humanos modernos chegaram à América e se espalharam pelo continente. A pesquisadora e seus colegas têm se dedicado à extração e análise do DNA de restos humanos antigos, que pode revelar uma miríade de dados interessantes sobre a história das populações, especialmente quando comparado com o material genético de povos atuais.

Recentemente, com a ajuda do antropólogo Walter Neves, da USP, a geneticista do Pará obteve amostras de DNA do célebre complexo arqueológico de Lagoa Santa, a 50 km de Belo Horizonte. A região mineira é famosa por conter o mais denso registro de restos humanos do continente americano, dos primórdios da chegada do homem por aqui. 

Imaginava-se que os habitantes antigos de Lagoa Santa, ao exibir características negróides do crânio, deveriam ser, também, geneticamente diferentes dos índios que vieram depois. Mas, após analisar mais de 30 amostras de DNA antigo da região, Andréa Ribeiro dos Santos verificou a presença majoritária de variantes genéticas aparentadas às dos indígenas modernos. Só em torno de 5% dos indivíduos de Lagoa Santa têm sequências genéticas "atípicas", sem ligação com os grupos atuais. Outra explicação possível é que, apesar da forma diferente do crânio dos paleoíndios eles, na verdade, seriam ancestrais dos índios modernos que, ao longo do tempo, teriam se tornando cada vez mais "mongolizados" na América, mudando de feição, sem perder o elo genético com seus ancestrais. Hipótese ou verdade científica, a descoberta da geneticista Andréa Ribeiro dos Santos revela-nos uma novidade. Uma novidade de 10 mil anos!

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Presidente 2016-2019 – Aluízio Alberto da Cruz Quintão
Editor: Fernando Antonio Xavier Brandão
Belo Horizonte, 29 de outubro de 2016                Número 02/2016

02/12/1720 Criação da Capitania das Minas do Ouro

ALVARÁ DE D. JOÃO V CRIA A CAPITANIA DAS MINAS DO OURO

Fernando Antonio Xavier Brandão

A separação da “Capitania das Minas” da “Capitania de São Paulo e Minas” foi determinada em Alvará do rei D. João V. Minas Gerais surgiu em consequência da criação da Capitania de São Paulo, decisão essa recomendada por Conselheiros do Rei e em carta do Governador D. Pedro de Almeida, o Conde de Assumar.

A forma indireta da criação da Capitania das Minas em nada desmerece o nascimento de nosso Estado. 

É importante lembrar que Minas Gerais, com sua autonomia administrativa, foi o território mais importante e mais rico do Reino de Portugal, no século XVIII. E de todas as Capitanias Brasileiras, Minas Gerais foi, desde o início, a que mais pregava a Liberdade, aquela liberdade dos primitivos povoadores da região, reinóis e paulistas, heróis que lutaram contra todas as dificuldades do sertão bravio e que aqui implantaram a língua portuguesa, a religião cristã, a fé em Deus e os sentimentos de honra e de amor ao trabalho. Eis o Alvará de D. João V para a criação.

Eu, El Rei – Faço saber aos que este meu Alvará virem que, tendo consideração ao que me representou o meu Conselho Ultramarino, e as representações que também me fizeram o Marquês de Angeja, do meu Conselho de Estado, sendo Vice-Rei e Capitão-General de mar e terra do Estado do Brasil, e Dom Brás Baltazar da Silveira, no tempo em que foi Governador das Capitanias de São Paulo e Minas e o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida, que, ao presente, tem aquele Governo, e as informações que se tomaram de várias pessoas que todas, uniformemente, concordam em ser muito conveniente a meu serviço e bom governo das ditas Capitanias de São Paulo e Minas e a sua melhor defesa, que as de São Paulo se separem das que pertencem às Minas, ficando dividido todo aquele distrito que até agora estava na jurisdição de um só Governador, em dois Governos e dois Governadores. 
Hei por bem que, nas capitanias de São Paulo se crie um novo Governo, e haja nelas um Governador com a mesma jurisdição e soldo de oito mil cruzados cada ano, pagos em moeda e não em oitavas de ouro, assim como tem o Governador das Minas, e lhe determino por limites no sertão pela parte que confina com o Governo das Minas, os mesmos confins que tem a Comarca da Ouvidoria de São Paulo com a Comarca da Ouvidoria do Rio das Mortes, e pela Marinha quero  que lhe pertença o porto de Santos e os mais daquela costa que lhe ficam ao sul, agregando-se-lhe as Vilas de Parati e de Otubã e a ilha de São Sebastião, que desanexo do Governo do Rio de Janeiro, e o porto de Santos ficará aberto e com liberdade de irem dele em direitura deste Reino os navios, pagando nele os mesmos direitos que se pagam no Rio de Janeiro, e com a obrigação de quando voltarem para este Reino virem incorporados na frota do mesmo Rio de Janeiro; e nesta conformidade , mando ao meu Vice-rei e Capitão-General de mar e terra do Estado do Brasil e os Governadores das Capitanias dele, tenham assim entendido, e cada um pela parte que toca, cumpra e faça cumprir e guardar este meu Alvará inteiramente como nele se contém, sem dúvida alguma, o qual valerá como Carta, e não passará pela Chancelaria, sem embargo da Ordenação do Livro 2º, teores 39 e 40 e em contrário, e se registrará nos livros das Secretarias e Câmaras de cada um dos ditos Governos para que a todo tempo conste da ereção do Governo de São Paulo, suas sentenças, e anexas declaradas, o que se passou por seis vias. João Tavares o fez em Lisboa Ocidental, a dois de dezembro de mil setecentos e vinte. Rei.

COMENTÁRIOS:

- Não houve no mal redigido documento, acima transcrito, a preocupação com a demarcação geográfica das terras pertencentes a São Paulo e a Minas Gerais. O rei preferiu manter a demarcação judiciária existente entre Comarcas que, definitivamente, não apresentava marcos de fronteiras, entre as duas extensões de terras. Muitos problemas de demarcação ocorreriam depois.

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Presidente 2016-2019 – Aluízio Alberto da Cruz Quintão
Editor: Fernando Antonio Xavier Brandão 

Belo Horizonte, 24 de setembro de 2016                Número 01/2016